tiamina (ou a famosa vitamina B1) é uma molécula amplamente conhecida por sua grande importância para o nosso organismo. Apresentando a fórmula molecular C12H17N4OS+, a niacina é uma molécula orgânica ácida. Em temperatura ambiente, é sólida e solúvel em água, como a vitamina C ou a vitamina B12. Desempenhando vários papéis no corpo, a vitamina B1 acaba atuando em vários locais no organismo. Consequentemente, essa molécula acaba tendo diversas funções:

Participação do metabolismo de carboidratos, atua como cofator essencial em complexos enzimáticos envolvidos na descarboxilação oxidativa, como a piruvato desidrogenase;

Manutenção do bom funcionamento neuronal, facilitando a neurotransmissão e siíntese de vários neurotransmissores, como a serotonina, assim como a vitamina B6;

Importante para o metabolismo de lipídios e aminoácidos de cadeia ramificada.

Quando ingerido, a tiamina é absorvida no intestino delgado após ser hidrolisada e transportada para o fígado, onde será captada por glóbulos vermelhos e brancos do sangue. Por conta de sua participação importantes processos metabólicos, após estocada no fígado, ela pode ser transportada rapidamente para locais com altas necessidades metabólicas, como cérebro, coração, músculos esqueléticos, entre outros. Devido sua participação em processos tão importantes para o funcionamento adequado do organismo, a deficiência dessa molécula pode levar a diversos sintomas, sendo os mais comuns a acidose láctica (acúmulo de piruvato por consequência de maior produção de ácido lático), levando a taquicardia em respouso, cansaço, fraqueza, até chegar no beribéri, que é uma doença que afeta gravemente o sistema nervoso e cardiovascular. Pelo lado contrário, é muito incomum casos de excesso da B1 visto que o excesso é geralmente eliminado pela urina.

Como curiosidade, em 2021 foi publicado um estudo que identificou a potencialidade do uso da tiamina para reduzir a mortalidade em pacientes em quadros graves de Covid-19, principalmente pelo seu papel no metabolismo da glicose (como falamos acima), que no fim das contas, acaba melhorando a eficiência do sistema imunológico, sendo que o resultado desse estudo acabou concluindo que o uso da tiamina pode sim reduzir a mortalidade causada pela infecção do vírus SARS-CoV-2.

Exemplo de onde podemos encontrar:

Todos os alimentos mostrados na imagem são ricos em vitamina B1. Fonte da imagem.